16/05/14
Realismo
Iniciou-se
na França, em 1857, com a publicação de “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert. No
Brasil surgiu em 1881, com “Memorias Póstumas da Brás Cubas” de Machado de
Assis e “O Mulato“ de Aluísio Azevedo.
Características do Realismo:
·
Oposição ao idealismo romântico. Não há
envolvimento sentimental.
·
Representação mais fiel da realidade.
·
Romance como meio de combate e crítica às instituições
sociais decadentes, como o casamento, por exemplo.
·
Analise dos valores burgueses com visão crítica
denunciando a hipocrisia e corrupção da classe.
·
Influência dos métodos experimentais.
·
Narrativa minuciosa (com muitos detalhes).
·
Personagens analisadas psicologicamente.
Contexto Histórico:
Surgiu
a partir da segunda metade do século XIX. As ideias do Liberalismo e Democracia
ganham mais espaço.
As ciências
evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser
vistos como os únicos capazes de explicar o
mundo físico. As características do Realismo estão intimamente ligadas ao
momento histórico, refletindo as ideias do Positivismos, do Socialismo
e do Evolucionismo.
·
Positivismo
(Auguste Comte): Consiste na observação dos fenômenos, da experiência sensível,
única capaz de produzir dados concretos.
·
Socialismo
(Marx e Engels): Sistema político-econômico
ou uma linha de pensamento criada no século XIX para confrontar o liberalismo e
o capitalismo.
·
Evolucionismo:
É uma teoria onde as sociedades são julgadas pelo seu nível de progresso de desenvolvimento.
Fazendo assim com que a sociedade mais “evoluída” se torne a sociedade do “eu”
e a outra, exatamente assim, a do “outro”. Portanto, a mais importante, a de
mais valor para ser estudada é a mais avançada.
Realismo no Brasil
O Realismo no Brasil teve seu
início, oficialmente, em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás
Cubas, de seu mais célebre autor, Machado de Assis. Com a introdução do estilo
realista, o romance, no Brasil ganhou um novo alcance, a observação. Começou-se
a escrever buscando a verdade, e não mais para ocupar os ócios dos leitores.
Machado de Assis, considerado o
maior expoente da literatura brasileira e do Realismo no Brasil, desenvolve em
sua ficção uma análise psicológica e universal e sela, portanto, a independência
literária do país.