24/07/14
Atividade de História
Trabalho e ócio no mundo greco-romano
Em Atenas, na época clássica, quando os poetas cômicos qualificavam um homem por seu ofício (Eucrates, o comerciante de estopa; Lisicles, o comerciante de carneiros), não era precisamente para honrá-los; só é homem por inteiro quem vive no ócio. Segundo Platão, uma cidade benfeita seria aquela na qual os cidadãos fossem alimentados pelo trabalho rural de seus escravos e deixassem os ofícios para a gentalha: a vida "virtuosa", de um homem de qualidade, deve ser "ociosa" [...].
Para Aristóteles, escravos, camponeses e negociantes não poderiam ter uma vida "feliz", quer dizer, ao mesmo tempo próspera e cheia de nobreza: podem-no somente aqueles que têm os meios de organizar a própria existência e fixar para si mesmos um objetivo ideal. Apenas esses homens ociosos correspondem moralmente ao ideal humano e merecem ser cidadãos por inteiro: "A perfeição do cidadão não qualifica o homem livre, mas só aquele que é isento das tarefas necessárias das quais se incumbem servos, artasãos e operários não especializados; estes últimos não serão cidadão se a constituição conceder os cargos públicos à virtude e ao métiro, pois não se pode praticar a virtude levando-se uma vida de operário ou de trabalhados braçal". Aristóteles não quer dizer que um pobre não tenha meios ou oportunidades de praticar certas virtudes, mas, sim, que a pobreza é um defeito, uma espécie de vício.
1. A antiga concepção de que as atividades do pensamento vinculadas à ociosidade (liberdade) têm mais valor que as vinculadas às necessidades está presente em nossa sociedade? Como ela aparece nos jornais e na televisão?
2. Para você, a concepção de que a pobreza é uma espécie de vício, ou algo que torna as pessoas inferiores, existe ainda hoje?
3. Desde a Antiguidade se observa a divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual. Como ela aparece em outros momentos históricos e, principalmente, hoje?
*FOI ATIVIDADE PARA NOTA, É PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA, VAI PODER FAZER NELA (AULA)...